Portaria institui plano para minimizar impactos de espécies exóticas invasoras no Brasil

Ministério do Meio Ambiente (MMA) anunciou neste mês, em portaria publicada no Diário Oficial da União, o Plano de Implementação da Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras. O objetivo da ação é diminuir os impactos dessas espécies sobre a biodiversidade brasileira, além de evitar a introdução e a dispersão de variedades de plantas e animais exóticos no País.

As espécies invasoras são organismos que, por diferentes motivos, são introduzidos fora de sua área de distribuição natural e que podem se tornar ameaças a ecossistemas, habitats e a outras espécies. A Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras destaca que elas estão presentes em praticamente todos os ecossistemas da Terra, sejam eles marinhos, de água doce ou terrestres.

Ameaças das Pragas Exóticas Invasoras

De acordo com estudo sobre o assunto divulgado em 2006 pelo MMA, elas são consideradas a segunda maior causa de extinção de espécies em todo o planeta. No Brasil, existem 543 espécies invasoras, tanto de animais como plantas, vírus, bactérias, fungos, ácaros, entre outras. Elas podem afetar os ambientes terrestre e marinho, os sistemas de produção e até mesmo a saúde humana.

No País, atualmente quatro espécies exóticas invasoras têm maior impacto sobre a biodiversidade, motivo pelo qual foram criados planos de prevenção, erradicação, controle e monitoramento especificamente voltados a elas.

Alguns Exemplos de Pragas Exóticas Invasoras:

Ratazana

Ratazana: Praga infesta o mundo todo

Ratazana: Praga infesta o mundo todo. Fonte: wikipedia

A ratazana (ou rato-preto) é provavelmente o mamífero invasor mais bem sucedido do mundo. Originário do sudeste da Ásia, o bicho se espalhou pelo mundo inteiro através dos tempos se escondendo em navios mercantes. Hoje em dia até aviões sofrem com a infestação do animal, que se adapta bem a qualquer ambiente: urbano e rural.

Os ratos e ratazanas do gênero Rattus causaram e ainda causam a predação de aves, répteis e pequenos vertebrados e invertebrados, além de prejuízos à vegetação natural. Não vamos nos esquecer que eles também são vetores de inúmeras doenças, entre elas peste bubônica, leptospirose e tifo.

Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica)

Caramujo-gigante-africano (Achatina fulica). Fonte: wikipedia

Introduzido no Brasil por volta dos anos 80, a praga é um poderoso vetor de duas doenças sérias para o sistema gástrico e nervoso.

Esse molusco originário da Nigéria pode chegar a 20 cm de comprimento e pesar até 500g, é hermafrodita e realiza até cinco posturas de ovos por ano (cada postura gera 50 a 400 ovos). O bicho também é super-resistente ao frio e à seca, grande predador de plantas e competidor voraz de alimentos com outros animais. Se você precisava de um forma física para a palavra praga, o caramujo-gigante-africano é um excelente candidato ao título.

A infestação de caramujos dessa espécie não aconteceu somente no Brasil. No estado da Flórida, nos Estados Unidos, tem uma infestação séria, que destrói áreas agrícolas e causa doenças.

Mosquito Aedes Aegypti

o mosquito Aedes aegypti é próprio de regiões tropicais e subtropicais, originário da Etiópia e do Egito

o mosquito Aedes aegypti é próprio de regiões tropicais e subtropicais, originário da Etiópia e do Egito

Conhecido por ser o vetor da dengue, o mosquito Aedes aegypti é próprio de regiões tropicais e subtropicais, originário da Etiópia e do Egito. Se reproduz principalmente em recipientes artificiais onde ocorre acúmulo de água, como latas e vasos. Apesar de ser frequentemente associado a doenças, o mosquito nem sempre está contaminado, podendo também não representar um perigo em todos os casos. “O mosquito pode não ser sinônimo de mortes e prejuízo, pois o Aedes pode ser vetor da dengue, mas nem sempre está contaminado com a doença

Além deles, duas espécies de coral-sol (Tubastraea coccinea e Tubastraea tagusensis), originárias da região do Indo-Pacífico, foram introduzidas no Brasil na década de 1980 e alteram o ambiente marinho e as espécies nativas das zonas costeiras do Ceará, Sergipe, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo e Santa Catarina.

Plano do Ministério do Meio Ambiente

A Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras será coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente em cooperação com órgãos ambientais federais, em especial o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

O trabalho tem prazo de vigência de 12 anos e define metas de resultados para os períodos de 3, 6 e 12 anos. A iniciativa é baseada em quatro eixos: elaboração de planos de prevenção, erradicação, controle e monitoramento de espécies exóticas invasoras; sistemas de detecção precoce e resposta rápida; análise de riscos e a criação de uma base de dados.

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Fonte: Ministério do Meio Ambiente

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