Piracicaba registrou 211 novos casos de dengue na semana passada – média de 42 registros por dia.
O balanço da Secretaria Municipal da Saúde, divulgado na sexta-feira, comprova que o período crítico da doença ainda não terminou. Desde o início do ano, já foram 1.531 casos da doença, a segunda pior marca histórica. A cidade está na contramão do Estado, que ontem divulgou dados que apontam a redução de 82% no número de casos registrados nos cinco primeiros meses do ano em relação ao mesmo período do ano passado.

Agentes fazem aplicação de inseticida;

principal foco de atuação em Piracicaba é a região da Pauliceia

Em Piracicaba, atualmente, os agentes de saúde retiram criadouros e fazem a aplicação de inseticida na região da Pauliceia. O local já recebeu diversas ações de bloqueio neste ano, mas ainda é considerada uma perigosa área de transmissão. Especialistas alertam que o frio do Inverno não é suficiente para exterminar o mosquito Aedes egypt. O numero de doentes pode subir ainda mais. Existem 1.063 pessoas que apresentaram os sintomas de dengue e ainda vão realizar o exame de sangue ou já fizeram e aguardam o resultado. Na semana passada, as equipes finalizaram o trabalho de combate ao mosquito nos bairros IAA, Santa Teresinha e Vila Sônia. “Agora estamos na região da
Paulicéia, pegando também um trecho do Jaraguá e da Paulista. Voltamos porque não conseguimos interromper a transmissão
nessa região, apesar de um trabalho incessante. “Houve queda nos casos, mas não foi o suficiente”, analisou o coordenador do Programa Municipal de Combate à Dengue, André Luis Rossetto. Por conta da grande extensão demográfica, o trabalho na Paulicéia não tem data para acabar e deve durar pelo menos até o fim da semana que vem. Após essa etapa, uma nova programação será definida. Áreas onde comprovadamente ainda há contágio, como o Jardim Ibirapuera, devem ter prioridade nas futuras visitas dos agentes. O mapa da dengue em 2012 coloca as regiões Sul, que tem bairros como a Vila Cristina e o Monte Líbano, e a Oeste, que concentra a Pauliceia, o Jaraguá e o São Jorge, como as recordistas de casos. Nessas regiões, foram registradas mais de 70% das notificações. O panorama deste ano só é superado pelos 5.681 registros de 2007, quando houve uma epidemia em Piracicaba. A gravidade da situação atual fez com que o trabalho dos agentes do município ganhasse o reforço da Sucen (Superintendência de Controle de Endemias), que até o mês passado ajudou nas ações. ALERTA – As condições climáticas do Inverno são impróprias à proliferação do Aedes Aegypti, mas Rossetto faz um alerta. “O nosso frio não é suficiente para matar o mosquito, apenas diminui sua atividade. No frio, o Aedes se alimenta menos e tem mais dificuldade de se reproduzir. Porém, não morre e, por isso, a transmissão (da dengue) não acaba”, informou Rossetto. Ele também informou que novas estratégias serão incorporadas ao programa ainda neste ano.  Um dos objetivos é acelerar o repasse das informações sobre as notificações. As novidades serão divulgadas até o início de julho.

Fonte: Jornal de Piracicaba – página A7 – 14 de junho de 2012

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