Avaliação aponta que dois dos pesticidas mais utilizados no mundo ameaçam a biodiversidade

Trabalhador despeja pesticida em plantação de ervas na China (Foto: Simon Lim/Greenpeace/AFP) Fonte: G1

Trabalhador despeja pesticida em plantação de ervas na China (Foto: Simon Lim/Greenpeace/AFP)
Fonte: G1

Essas substâncias são utilizadas frequentemente em tratamentos contra pulgas em animais domésticos e no combate a cupins em madeiras.

Em junho deste ano, uma avaliação internacional, que está sendo divulgada na revista Environmental Science and Pollution Research, apontou que os efeitos colaterais destes pesticidas não se limitam às abelhas. Eles prejudicam também borboletas, minhocas, aves e peixes.

Por este motivo, os cientistas responsáveis pelo estudo divulgaram um pedido para que a regulamentação sobre os neonicotinoides e o fipronil seja mais restrita e para que haja uma eliminação progressiva das substâncias em ordem mundial, já que as mesmas afetam profundamente o ecossistema.

Um dos principais autores desta análise, Jean-Marc Bonmatin, realizada por um grupo especialistas em pesticidas sistêmicos, afirmou que as provas são muitos claras: “Estamos diante de uma ameaça que pesa sobre a produtividade de nosso meio natural e agrícola”.

Diante dos resultados negativo, o grupo formado por 29 pesquisadores deu um sinal vermelho para diversos órgãos, inclusive ao IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza), instituição que vigia a biodiversidade mundial, em relação ao uso dos pesticidas.

A exposição aos neonicotinoides e ao fipronil pode causar efeitos imediatos ou crônicos, a exemplo da perda de olfato, de memória, de fertilidade, da diminuição da ingestão de alimentos, do menor forrageio das abelhas e da alteração da capacidade de cavar túneis por parte das minhocas.

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