Pragas afetam negativamente o meio ambiente e a economia de regiões
Com as constantes mudanças nos padrões de alimentação e hábitos da sociedade moderna, a chamada invasão biológica vem acontecendo, cada vez mais frequentemente, e causando sérios danos ao meio ambiente e economia das regiões afetadas. Isso pode acontecer pela atuação de microorganismos, plantas e animais que passam a habitar ou que são intencionalmente introduzidos em novos locais, nos quais não costumavam existir.
Essas invasões e seus ‘estragos’ já foram registrados inúmeras vezes no decorrer da história da humanidade, a exemplo da peste bubônica, transmitida por parte de ratos e pulgas (pragas urbanas), contaminados pelo bacilo Yersin, Paturella pestis. Estima-se que 75 milhões de pessoas nos continentes europeu, asiático e africano tenham morrido em decorrência da contaminação, no século XIV. Outro exemplo foi a infestação do fungo Phytophtora infestans, que atacam batatas. Ela causou grandes problemas na Irlanda, tanto financeiros, para os agricultores que perderam suas plantações, quanto à população, que sofreu com cerca de um milhão de mortes, em 1840.
Outras espécies como as moscas das frutas, o cancro cítrico e os pulgões também são agentes responsáveis por grandes prejuízos à humanidade.
Hoje, apesar do avanço da ciência no combate às pragas, as mudanças nos hábitos da sociedade podem fazer com que as invasões aconteçam mais facilmente. A maior velocidade nos transportes é um bom exemplo dessas alterações, que auxiliam da disseminação das contaminações.
A infestação nos Estados Unidos pela espécie Anoplophora glabripennis, o besouro chinês, causou danos incalculáveis à economia americana, na década de 1990. Os cortes forçados de árvores e os problemas com a contaminação de produtos exportados, como pallets de madeira, foram dois dos grandes problemas.
O Brasil também tem casos de infestações registrados, como os causados pela vaca-louca, besouro-asiático e mosca-branca, que geraram perdas econômicas relevantes barreiras sanitárias mundo afora.
Para ir de frente ao problema, comunidades científicas de vários países criaram o GISP (Programa Global para Espécies Invasoras), que além de lidar com invasões biológicas, é o órgão responsável por dar suporte à Convenção da Diversidade Biológica.