Cientistas desenvolveram câmera com lentes de grande profundidade, baseada na visão de insetos, que promete ser eficaz em diversas áreas, como a da saúde

 

Já parou para pensar que muitas das invenções do homem são inspiradas em hábitos e características dos animais? A aerodinâmica de aviões, inspirada nas aves, o ato de o helicóptero pairar no ar, como faz o beija-flor, entre tantas outros, são alguns exemplos.

Neste ano, uma equipe de cientistas desenvolveu e apresentou, na renomada revista Nature, uma câmera digital, que imita com excelência os olhos compostos de insetos, como as libélulas e as formigas operárias. Ela conta com 180 microlentes flexíveis, que possibilitam captar imagens em 160º.  Para isso, os pesquisadores aliaram às microlentes elásticas, fotodetectores de silicone em duas camadas, criando, assim, um design de semiesfera. Além disso, foram usados fios condutores e conexões elétricas flexíveis.

Mas qual a real utilidade de uma invenção como esta? O que se espera é que a população seja sempre beneficiada com as curiosas descobertas, fazendo com que elas deixem as salas de pesquisas e beneficiem a humanidade. No caso da câmera, como ela é capaz de visualizar, ao mesmo tempo, objetos em distâncias focais distintas, adaptando-se a diversos níveis de luz, pode ser aplicada com sucesso em diversas áreas, desde a de segurança, até mesmo, em equipamentos médicos, a exemplo o de endoscopia.

A grande diferença entre as lentes de câmeras vendidas atualmente e nova, recentemente desenvolvida, é que nas comuns a luz refletida por um objeto é absorvida por uma única lente, feita por um material sensível à luz, o que forma uma imagem nítida. É esse o processo que também acontece nos olhos do ser humano. Porém, assim como outros seres vivos utilizam os olhos compostos, em vez de lentes, para enxergar, são utilizadas estruturas complexas, que são formadas por diversas unidades ópticas, fornecendo uma visão panorâmica, com uma profundidade de campo infinita.

Este sistema foi desenvolvido por Young Min Song e John Rogers da Universidade de Illinois, nos Estados Unidos, em parceria com outras instituições americanas, da Alemanha, da China, de Cingapura e da Coreia do Sul.

 

Fonte: G1 Ciência e Saúde

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