Desratização e o controle de roedores evitam prejuízos econômicos, incluindo o consumo e a contaminação de alimentos, além de problemas sanitários causados pela transmissão de doenças

Ratos e a Sociedade Humana

Os problemas causados pelo aumento da população de roedores, especialmente nas grandes cidades são considerados um fenômeno mundial. Entre as espécies de animais sinantrópicos, os ratos são os que possuem maiores habilidades para adaptação ao convívio humano.

Os roedores coabitam com o homem desde os primórdios da civilização. O crescimento demográfico experimentado nos últimos séculos, em todas as regiões do planeta tem trazido inúmeros problemas de infraestrutura urbana, como saneamento básico deficiente e o acúmulo de lixo, sendo esse o principal fator gerador de condições ideais para sua sobrevivência. Onde existem água e alimento farto, os ratos formam
colônias bem equilibradas.

Por esses motivos, o homem tornou-se o grande responsável por favorecer a proliferação e pode ser apontado como um forte aliado na manutenção do seu ciclo biológico.

Atualmente, somente adotando medidas minuciosamente planejadas e monitoradas é possível colocar em prática programas eficientes de controle de roedores.

Desratização: Por que Controlar Ratos e Ratazanas ?

Existem duas razões fundamentais para evitá-los: primeiramente são os prejuízos econômicos, incluindo o consumo e a contaminação de alimentos, o abalo de estruturas e os danos a cabos telefônicos e elétricos (pelo hábito de roer). A segunda razão, não menos importante são os transtornos sanitários, pela transmissão de doenças como:

Salmonelose, Tifo, Peste, Hantavirose e Leptospirose.

Hantavírus

De acordo com pesquisadores da USP, os hantavírus teriam se originado na região central da Ásia e chegado ao continente americano há, aproximadamente, 500 anos.

Esse gênero de vírus é conhecido desde a década de 1970 no “velho mundo” – principalmente na Ásia e Europa – como causador de uma doença chamada febre hemorrágica com síndrome renal, cujo maior número de casos está concentrado na China.

Só na década de 1990 foram descobertas variantes desse vírus, batizadas de hantavírus americanos, que causam uma doença diferente da provocada pelos hantavírus no velho mundo: uma síndrome pulmonar, caracterizada por uma pneumonia muito grave e por alterações cardiovasculares.

“Hoje, as definições das doenças causada por hantavírus que têm sido adotadas são doença por hantavírus, febre hemorrágica por síndrome renal ou síndrome pulmonar e cardiovascular por hantavírus”

No Brasil, além de uma Classificação do Hantavírus denominada Araraquara, há diversos hantavírus conhecidos, como o Juquitiba, o Araucária, o Castelo dos Sonhos e o Anajatuba.

O país registra 1.892 casos confirmados de infecção por hantavírus, sendo 736 fatais, o que mostra que é uma virose de altíssima letalidade.

As regiões com maior número de casos são o Sul do país – principalmente Santa Catarina, Paraná e Rio Grande do Sul –, o nordeste de São Paulo, o Triângulo Mineiro e o Planalto Central.

“A doença do hantavírus está relacionada com o desmatamento, causado pelo aumento da urbanização e a expansão das fronteiras agrícolas. O avanço das cidades e da agricultura sobre o meio rural, onde estão os roedores infectados, facilita a transmissão do hantavírus”

O vírus é transmitido ao homem ao entrar em contato com a urina ou as fezes de um animal infectado

Os sintomas iniciais da doença causada pelo hantavírus – a síndrome pulmonar e cardiovascular – são febre, tosse seca, náusea, vômito, dor de cabeça e um pouco de falta de ar.

Três dias após a infecção, os pacientes desenvolvem uma pneumonia gravíssima, com falta de ar severa. Para agravar o quadro, começam a ter síndrome de extravasamento de líquido, fenômenos hemorrágicos e queda de pressão arterial. “É uma doença muito grave, que inunda o pulmão do paciente com seu próprio plasma sanguíneo”. Afirmam os pesquisadores.

Estudos realizados pelo grupo de pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (FMRP-USP) da universidade mostram que estatisticamente que o Hantavírus Araraquara é, provavelmente, o mais virulento no Brasil e no mundo

 

fonte: https://www.cdc.gov/ e http://fapesp.br/

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