Os artrópodes hematófagos compreendem os insetos (6 patas na fase adulta) e os carrapatos (8 patas na fase adulta) que se alimentam de sangue. Podem ser vetores de infecções, por serem capazes de transmitir agentes infecciosos entre seres humanos ou entre animais e seres humanos.
De mais de 1 milhão de espécies descritas, apenas cerca de 300 a 400 espécies se alimentam de sangue. Os grupos mais conhecidos de seres que se alimentam do sangue são os piolhos, pulgas, mosquitos, flebotomíneos, simulídeos, e insetos.
Mosquitos transmissores das doenças:
Os mosquitos não dependem exclusivamente do sangue para a sua sobrevivência, todavia o sangue torna-se necessário para produção e bom desenvolvimento de seus ovos. A maioria dos mosquitos é mais ativa durante a manhã e no fim da tarde, sendo estes os horários que se tornam mais prováveis para que recebamos uma picada.
Existem, no mundo todo, centenas de espécies deles, sendo que algumas espécies são capazes de transmitir doenças para os seres humanos. Como:
Chikungunya e Zika Transmissão: Picada de mosquitos infectados, das espécies Aedes aegypti.
Dengue Transmissão: Picada de mosquitos infectados, das espécies Aedes aegypti (América) e Aedes albopictus (Ásia).
Leishmaniose Transmissão: Picada de flebotomíneos (insetos conhecidos como mosquito-palha) infectados. São transmissores as espécies dos gêneros Lutzomya (Américas) e Phlebotomus (Europa, África e Ásia), totalizando 30 espécies.
Malária Transmissão: Picada de mosquitos anofelinos infectados (cerca de vinte espécies e a principal é o Anopheles gambiae).
Febre amarela Transmissão: No ciclo silvestre, em áreas florestais, o vetor da febre amarela é principalmente o mosquito Haemagogus. Já no meio urbano, a transmissão se dá através do mosquito Aedes aegypti (o mesmo da dengue).
Oeste do Nilo Transmissão: Picada de mosquitos Culex quinquefasciatus, popularmente conhecido como pernilongo – encontrado em muitos centros urbanos brasileiros.
Os mosquitos são os animais mais perigosos do mundo, carregando doenças que matam um milhão de pessoas por ano, como malária, dengue e febre amarela. Recentemente, o zika vírus, transmitido pelo Aedes aegypti, foi associado ao aumento de casos de bebês com microcefalia no Brasil.
De acordo com o último boletim do Ministério da Saúde, foram notificados 4.180 casos suspeitos de microcefalia até o momento. Destes, 270 foram confirmados, 462 descartados e 3.448 ainda estão sendo investigados.