Ao contrário das espécies generalistas em centros urbanos, as de serapilheira indicam capacidade de recuperação de mata
É fato que as formigas em centros urbanos fazem parte de um rol de pragas que podem causar prejuízos. Diante disso, empresas, como a BIOMAX – Controle Integrado de Pragas, atuam, visando evitar e combater infestações por meio de técnicas específicas e inteligentes, que utilizam menos inseticidas.
fonte: MG.Biota: Boletim Técnico Científico da Diretoria de Biodiversidade do IEF – MG. v.3, n.5 (2010) – Belo Horizonte: Instituto Estadual de Florestas. http://www.terrabrasilis.org.br/ecotecadigital/pdf/mg-biota-as-comunidades-de-formigas-arboreas-e-de-serapilheira-nas-florestas-semideciduas-do-pe-estadual-do-rio-doce-mg.pdf
Porém, no ecossitema, as formigas têm o seu papel. Uma dessas funções, a de marcador biológico, foi estudada recentemente por pesquisadores da UMC (Universidade de Mogi das Cruzes). Eles quantificaram as espécies de formiga de serapilheira entre uma determinada região entre as bacias hidrográficas do Alto Tietê e do Rio Itatinga, em Mogi das Cruzes na divisa com Bertioga, no Estado de São Paulo.
No estudo ‘Estrutura das comunidades de formigas de serapilheira em cultivo extensivo da EucalyptusgrandisdunnilMaiden, em área de Mata Atlântica’, coordenado por Maria Santina de Castro Morini e realizado entre julho de 2010 a julho de 2013, as formigas serviram para determinar a capacidade de recuperação da área em questão.
A serapilheira é uma camada formada por folhas, lascas de galhos, restos e excreções de animais e outros materiais sobre o solo. Por este motivo, ela é um rico ecossistema, do qual diversas espécies de formigas nativas (mais de 200 existentes) formam seus ninhos e buscam por alimentos.
A região estudada é composta de três ambientes: área de Mata Atlântica desmatada para a plantação de eucaliptos, área de plantio desativado entre 29 e 30 anos e unidades de conservação (mata nativa).
Maria Morini encontrou nas áreas nunca desmatadas 25 espécies de formigas serapilheiras. Já nas florestas de eucalipto, esse número caiu drasticamente: foram apenas cinco formigas por metro quadrado. Em entrevista à Agência Fapesp, a pesquisadora explica: “Essa diferença se dá por vários fatores, mas principalmente porque as folhas de eucalipto se decompõem mais lentamente e têm altos teores de tanino, que é tóxico para muitos organismos que servem de alimento para as formigas”.
Nas regiões em que a Mata Atlântica voltou a crescer, depois de aproximadamente 30 anos, foram encontradas 18 espécies por metro quadrado. Esse é um sinal de que a mata conseguiu se recuperar com sucesso.
Outro trabalho realizado por Maria Murini trata da diversidade de bactérias e invertebrados e da influência sobre a estrutura das comunidades de formigas, a partir da análise de fragmentos de áreas de barragens, unidades de conservação e propriedades particulares. O estudo ‘Diversidade de bactérias e de invertebrados e sua influência sobre a estrutura das comunidades de formigas de serapilheira em áreas de Mata Atlântica’
Como a pesquisa ainda está em andamento, Maria Morini disse à Agência Fapesp: “Ainda não podemos afirmar nada sobre a associação da microbiota e a riqueza de formigas. Esperamos fechar em breve o modelo que foi proposto no projeto”. Porém, sua pesquisa já demonstra que não são apenas as unidades de conversão que são importantes ao Alto Tietê, mas também as demais áreas. Assim, a pesquisadora julga necessário criar incentivos para que haja o desflorestamento destas regiões.
Além dos estudos completos, Morini deve publicar ainda no primeiro semestre deste ano um catálogo completo com as imagens das mais de 200 espécies de formigas que catalogou durante os estudos no Alto Tietê.
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