Índice
Cuidados com limpeza são importantes, mas na maior parte dos casos somente a Desinsetização resolve
Alguns cuidados ajudam a evitar pragas. Manter a higiene dos ambientes em dia, tampar lixeiras, aplicar telas nas janelas, vedar frestas de paredes e instalar ralos que abrem e fecham são alguns deles.
Mesmo assim, a desinsetização deve ser feita pelo menos uma vez ao ano. De preferência, antes do verão. É preciso escolher empresas com licença de funcionamento expedida pela Vigilância Sanitária.
Nos condomínios, o síndico é responsável pelo combate às pragas. A cada seis meses, ele deve solicitar a desinsetização de áreas comuns.
A recomendação é que, cerca de 15 dias antes de o serviço ser realizado, os moradores sejam informados sobre a intervenção, já que o procedimento envolve produtos tóxicos, lembra Rosely Schwartz, professora de administração de condomínios da Escola Paulista de Direito.
Os pombos são pragas comuns em áreas de lazer do prédio. Para evitá-los, a dica é não alimentá-los e recolher sobras de comida do chão. Nada de envenenamento: o animal não pode ser morto sem a autorização de órgãos ambientais. A solução é contratar uma empresa para remanejar os bichos que retira fontes de alimento e os abrigos. Este serviço é chamado de Controle de Pombos,
Dentro de casa, o combate é de responsabilidade de cada morador. Caso o imóvel seja alugado, os gastos com desinsetização podem ser negociados com o proprietário.
“É responsabilidade do locador, especialmente se for um vício anterior ao contrato. Se o problema surgiu durante o período de aluguel, o inquilino pode ser responsabilizado”, diz Armando Rovai, professor de direito empresarial da Mackenzie.
Ele recomenda que, antes de alugar ou comprar um imóvel, o espaço seja vistoriado por um engenheiro civil ou técnico em edificações.
Além das empresas de desinsetização, o Instituto Biológico do Estado de São Paulo e a Covisa (Coordenação de Vigilância em Saúde) do município podem ser acionados em caso de infestação.
O primeiro realiza visitas técnicas, emite laudos e recomenda formas de controlar a infestação. O serviço deve ser agendado, e a visita é cobrada (o valor depende do tamanho do imóvel). Já a Covisa pode ser acionada, por exemplo, para remover colmeias e controlar infestações de roedores, mosquitos e morcegos em áreas públicas.
A Desinsetização em indústrias, hotéis, edifícios comerciais, industria de alimentos se torna ainda mais urgente. Pragas causam prejuízos em processo e comprometem produtos e serviços. Saiba sobre os programs BIOMAX Controle Integrado de Pragas
Temperatura alta faz com que pragas se reproduzam mais rapidamente.
Com as temperaturas mais altas, há um aumento no número de pragas urbanas, especialmente dos insetos. Mas cuidado: resolver o problema com as próprias mãos nem sempre é a melhor solução.
As pragas são todos os organismos que podem causar danos à saúde do homem e de animais domésticos ou prejuízos econômicos a uma família, diz Patrícia Thyssen, professora do departamento de biologia da Unicamp.
Mosquitos, escorpiões, pombos, roedores, abelhas e vespas foram os principais “animais sinantrópicos nocivos” –aqueles que vivem em um ambiente modificado pelo homem– encontrados em São Paulo nos últimos anos, de acordo com o Centro de Controle de Zoonoses, ligado à Secretaria Municipal de Saúde da capital.
Os insetos não têm controle sobre suas temperaturas corporais, que variam de acordo com o ambiente. Climas quentes aceleram o metabolismo desses animais, que crescem e se reproduzem de forma mais rápida.
Pombos, ratos e outras pragas são frequentes durante todo o ano, como lembra o biólogo Sérgio Bocalini, vice-presidente da Aprag (associação de controladores de pragas urbanas).
Prejuízo econômico e problemas para a saúde
As pragas são nocivas de diferentes formas. No quesito prejuízo financeiro, o maior vilão é o cupim, que pode destruir construções, móveis e até livros. Os tipos de madeira seca e subterrâneo são os mais comuns nas casas.
As revoadas de reprodução do inseto, quando vemos aleluias voando ao redor de lâmpadas, acontecem perto do verão. Depois, eles perdem as asas e constroem colônias em objetos de madeira.
“É uma praga silenciosa”, explica Bocalini. “Como não se expõe a ambientes abertos, senão morre, o processo de infestação não é percebido.” O segredo é monitorar se há túneis nas paredes, grânulos (fezes do cupim) perto dos móveis e checar se a madeira está fina ou oca.
Baratas, mosquitos, ratos e pombos, por sua vez, são perigosos pelo potencial de transmissão de diversas doenças ao homem.
Dos animais nocivos à saúde, o escorpião, cuja picada é venenosa, é um dos que têm sido cada vez mais encontrados nas cidades. A expansão de áreas urbanas e o aumento da temperatura global como fatores que favoreceram o crescimento.
Fonte: Jornal Folha de São Paulo