Você sabia que eles podem prever mudanças climáticas, como chuvas e tempestades?
Há muito tempo se ouve que alguns animais, como os insetos, conseguem saber quando ocorrerá alguma alteração climática.
Um estudo realizado por pesquisadores da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP (Universidade de São Paulo), em Piracicaba, com parceria da Unicentro (Universidade Estadual do Centro-Oeste), de Guarapuava, e da University of Western Ontario, do Canadá, provou que alguns insetos preveem, sim, mudanças no clima, visíveis por meio de mudanças de comportamento.
Foram observados besouros da espécie Diabrotica speciosa, mais conhecido como ‘brasileirinho’ ou ‘patriota’, pulgões da batata, Macrosiphum euphorbiae, e lagartas da pastagem, Pseudaletia unipuncta, que detectam a queda na pressão atmosférica, apontando, quase sempre, a incidência de chuva. Os pesquisadores avaliaram os resultados pela demonstração da disposição para o acasalamento, já que essa é uma das mudanças comportamentais.
O pesquisador José Maurício Simões Bento, professor do Departamento de Entomologia e Acarologia da Esalq e um dos autores do estudo, explica que esse processo ocorre porque os insetos estão mais preparados para enfrentar mudanças repentinas no tempo.
Em condições naturais, sem a manipulação da pressão, e em controladas em laboratório, os experimentos revelaram que com uma queda brusca na pressão atmosférica, as fêmeas diminuem ou não realizam o ‘chamamento’, uma manifestação sexual, na qual o feromônio é liberado para atrair os machos. Além disso, estes manifestam menor interesse sexual, não respondendo a estímulos e procuram abrigos para se proteger das mudanças. Assim que as condições voltam ao normal, os insetos retornam ao processo de acasalamento. Bento afirma que essas alterações acontecem pelo fato da capacidade adaptativa dos insetos: “É como se, diante de uma situação de perigo iminente, esses animais colocassem a questão da sobrevivência em primeiro lugar”.
Após estas constatações, a ESALQ realizou uma parceria com o departamento de biologia da University of Western Ontario para novos ensaios comportamentais, em uma grande câmera barométrica.
Como a pesquisa foi feita com mais de uma espécie, o resultado pode ser considerado um fenômeno extensivo.
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