Não é apenas em ambientes urbanos que o Controle Integrado de Pragas é eficaz. Em granjas e incubatórios de aves e suínos, por exemplo, essa é a técnica com melhor custo-benefício para manter a higiene do local, os animais saudáveis e, consequentemente, produtos de qualidade serão oferecidos ao consumidor.

O Controle de Pragas em granjas de Aves e Suínos combate a infestação como um todo e prioriza o uso racional de inseticidas, caracteriza o método como um processo sustentável e sem riscos de contaminação química.

Granjas são altamente susceptíveis à presença de pragas devido à grande quantidade de alimento disponível e de fácil acesso, além de diversas opções de abrigo para o desenvolvimento e a reprodução de diversas espécies, como roedores – um dos principais problemas em criações de porcos e aves.

Os roedores estão diretamente associados a problemas de saúde pública, já que são reservatórios e transmissores de diversas doenças para homens e animais.

Entre as principais doenças causadas pelos Ratos:

  • coriomeningite linfocitária,
  • hantavirose,
  • leptospirose,
  • tifo murino,
  • salmonelose,
  • febre da mordedura do rato (febre de Haveihill),
  • peste (bubônica, pneumônica e septicêmica),
  • triquinelose,
  • toxoplasmose,
  • salmoneloses,
  • doença de Aujeszky,
  • toxoplasmose,
  • pasteureloses,
  • erisipelosa
  • disenteria suína, entre outras…

É preciso ficar atento. Um lote inteiro de aves ou suínos pode ser contaminado pela presença de um único roedor infectado – o que representa um risco para o resto da cadeia alimentar, podendo contaminar o consumidor final.

Com a presença de roedores em granjas, além do perigo de contaminação, o prejuízo financeiro pode tomar proporções inimagináveis. Eles roem embalagens, comem e contaminação as rações (por meio de fezes e urina), danificam estruturas, perfuram madeiras e metais macios, plástico e, até mesmo, alvenaria pouco resistente.

Método de Desratização em Granjas de Aves e Suínos

Para eliminar focos de infestações e prevenir que eles reapareçam, é preciso realizar um trabalho minucioso. A BIOMAX – Manejo Ecológico de Pragas realiza a desratização nesses ambientes, com qualidade e produtos devidamente autorizados pelos órgãos reguladores, além de contar com o trabalho de técnicos especialistas no assunto.

O programa desratização e prevenção de pragas na agroindústria é iniciado com o detalhado estudo estrutural do ambiente, considerando locais de acesso e de abrigo e que ofereçam alimento e água para os roedores ou outras pragas existentes. A identificação da espécie é fundamental no processo, já que os hábitos influenciam fortemente na escolha das técnicas utilizadas para o controle e prevenção.

Detalhes Sobre as Espécies de Ratos Comuns em Granjas:

  • Os ratos são animais inteligentes e sociais que vivem em colônias com centenas de indivíduos
  • Têm tendência a cavar e preferem se mover à noite
  • A reprodução é acelerada. Uma fêmea saudável pode produzir cinco ninhadas por ano, entre oito e dez filhotes em cada ninhada. Os filhotes atingem maturidade sexual entre oito e 12 semanas. Um terço das fêmeas de uma população pode estar grávida de uma só vez
  • São ágeis e têm capacidade de se espremer através de pequenas aberturas
  • O alcance dos camundongos é muito menor (cinco metros) do que o dos ratos (100 metros). No entanto, como os camundongos chegam à maturidade sexual 42 dias após o nascimento, a população cresce muito mais rápido do que a dos ratos
  • Por serem muito pequenos, os camundongos são transportados e passam despercebidos em diversas embalagens, como caixas de ovos, por exemplo
  • Eles podem entrar em um edifício através de aberturas muito pequenas: 6 mm, o diâmetro de um lápis, é suficiente para os camundongos

Sinais de Presença de Ratos:

  • Odor: é característico e facilmente identificado ao entrar em locais infestados
  • Sons/ruídos: os roedores emitem, sobretudo à noite, sons de roer, corridas curtas e rápidas, batidas de dentes, guinchos e sons característicos de lutas ou acasalamento. É muito comum de ouvir nos tetos, telhados ou forros
  • Fezes: tem formas de contas chamadas cíbalas, facilmente observadas a olho nu e cuja forma e tamanho variam de acordo com a espécie. A ratazana tem as fezes grossas (6 mm de espessura) e longas (13 a 19 mm de comprimento). O rato de telhado tem as fezes finas (até 5 mm) e curtas (8 a 13 mm) e a extremidade afilada. O camundongo também tem as fezes finas (até 5mm), mais curtas (5 a 12 mm) e com extremidades afiladas. Fezes recentes são moles e brilhantes e as antigas se desfazem à pressão.
  • Urina: emite fluorescência quando exposta à luz ultravioleta, mesmo depois de seca
  • Marcas de gordura: manchas contínuas de cor escura junto aos rodapés, próximas a cantos, sobre canos ou caibros provocadas pela gordura que os ratos deixam ao roçar seu corpo
  • Sinais de roeduras: para o desgaste dos dentes incisivos que crescem continuamente, eles roem tudo que possam auxiliar neste processo.
  • Ninhos: construídos geralmente de papel roído, trapos ou outros materiais macios, mas sempre com presença de grandes quantidades de pelos da própria mãe, que os utiliza para preparar a cama dos filhotes
  • Ratos mortos vistos durante o dia podem sugerir uma infecção relativamente alta ou epidemia entre eles. E, se observados vivos, pode ser indicativo de superpopulação.

Outros sinais:

  • Abertura de tocas em caso de ratazanas que vivem nas partes baixas das edificações, nos subsolos, canais e tubos de esgoto.
  • O rato de telhado escala partes mais altas, deixando trilhas na madeira ou alvenaria por onde passa.
  • O camundongo refugia-se em armários, gavetas, frestas e orifícios.

Após a identificação da praga, o Controle Integrado prevê as medidas de desratização. Elas visam dificultar ou mesmo impedir o acesso, instalação e proliferação de ratos em uma determinada área. Estas medidas consistem basicamente em eliminar as fontes de alimento, abrigo e água para os ratos.

Fatores que favorecem a Presença dos Roedores em Granjas:

  • Instalações danificadas ou mal construídas
  • Lixo acumulado
  • Fiações expostas
  • Entulhos acumulados
  • Desperdícios de rações fora de comedouros
  • Áreas ao redor dos galpões abandonadas ou mal cuidadas
  • Sala de armazenagem de ração sem estrados
  • Janelas sem proteção de telas
  • Portas de madeira
  • Proximidade de aterros sanitários a céu aberto ou lixões
  • Em seguida, são aplicadas técnicas de desratização, que preveem a eliminação física dos roedores. Podem ser utilizados métodos mecânicos, biológicos ou químicos.

Os métodos mecânicos correspondem a colocação de barreiras físicas, fechamento de frestas, eliminação de pontos de alimentação e abrigo etc. Já o biológico utiliza agentes patogênicos, como os fungos (que não contaminam os demais animais, além da praga), dispostos em iscas. O método químico é o mais conhecido, porém o usado com mais cautela no Controle Integrado, já que prevê técnicas ambientalmente sustentáveis.

Paralelamente às ações físicas, químicas e biológicas, a BIOMAX realiza um trabalho de conscientização com todos os envolvidos. Os produtores e seus colaboradores são orientados sobre a higiene adequada do local, forma de armazenamento de embalagens, rações e outros produtos, transporte, monitoramento etc.

Controle de pragas é exigido por órgãos fiscalizadores e essencial para obrigações fitossanitárias exigidas pela indústria de alimentos.

Fonte: ‘Controle de roedores na suinocultura moderna’, 2008, da Universidade de São Paulo – BDPI (Biblioteca Digital de Produção Intelectual)

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