Sócio-diretor da BIOMAX concede entrevista sobre o controle biológico de pragas

As alternativas, como o manejo ecológico ou controle biológico, para a utilização de métodos químicos vêm ganhando cada vez mais espaço e atenção de técnicos da área, sobretudo dos heveicultores. Isso porque o método propõe ações atóxicas, garantindo o equilíbrio ambiental.

Na cultura da seringueira (Hevea brasiliensis), em diversos Estados brasileiros, verificou-se infestação pelo percevejo de renda (Leptopharsa heve), que se abriga na parte inferior das folhas, sugando a seiva e destruindo os parênquimas. Assim, prejudicam a função clorofiliana da planta. Em entrevista à revista Campo & Negócios, Marcel Ricardo Tanzini, engenheiro agrônomo, doutor em Entomologia e sócio-diretor da BIOMAX Controle de Pragas, explica que a presença do percevejo causa danos significativos à cultura, como a redução do diâmetro do caule em 44% e da altura em 28% da altura, o que atrasa a abertura dos painéis.

Por bastante tempo, as infestações eram enfrentadas por meio de controle químico, com aplicação de endosulfan, monocrotofós, metomil etc., porém, de maneira empírica – apenas com base em experiências de aplicações em culturas diferentes.

Como tentativa de controle do percevejo, vinha sendo utilizado, em larga escala, o fungo Sporothrix insectorum no cultivo de seringueira, mas a desvantagem desse método é que a sua eficiência é diretamente ligada às condições climáticas favoráveis, além de possuir ação lenta. Diante disso, foram testados 60 isolados de diferentes espécies de fungos entomopatogênicos, chegando ao resultado de dois isolados mais virulentos e eficazes de Metarhizium anisopliae, um de Paecilomyces fumosoroseus e um de Sporothrix isectorum, como explica Tanzini.

O engenheiro pontua ainda que a seringueira tem condições propícias para o desenvolvimento desses fungos por ser uma cultura sombreada e com um microclima, que quatro dias se torna o período suficiente para controlar uma população.

Esse controle de percevejos por meio de fungos entomopatogênicos, sem prejudicar a fauna restante, como os insetos benéficos, é apenas uma das diversas vantagens do controle biológico. A possibilidade do uso dos mesmos equipamentos adotados para outros produtos fitossanitários, a não intoxicação dos aplicadores, a não contaminação do meio ambiente, além da garantia da inexistência de insetos resistentes, também estão nesta lista.

Se comparado aos métodos de controle químico, o biológico está à frente. O próprio ambiente favorece a dispersão do fungo por meio do vento, da chuva, por animais etc. Tanzini lembra que a eficácia do fungo no controle do percevejo pode chegar a 100%, com o auxílio desta ação natural sobre a praga.

“Após o estabelecimento do patógeno em uma determinada área, a doença sobre o percevejo pode assumir um caráter enzoótico, em que há a manutenção natural desse fungo no ambiente, isso mantém a população do inseto num nível que não causa danos econômicos”, explica o engenheiro.

Esses benefícios só são realidade por conta da seleção de isolados de fungos entomopatogênicos. Em entrevista à Campo e Negócios, Tanzini diz que este procedimento é sempre possível, já que existe uma grande variabilidade genética, podendo ser considerada uma das principais vantagens da utilização desses patógenos como agentes de controle de artrópodes, preservados no Banco de Patógenos do Laboratório de Entomologia da Esalq/USP.

Vale lembrar que a BIOMAX Manejo Ecológico de Pragas é especializada em serviços que prezam pela eficiência sem deixar questões sustentáveis de lado, como no controle biológico do percevejo de renda. A BIOMAX atua, principalmente, no controle de pragas urbanas na armazenagem e estocagem de grãos, silagem, ração, controle biológico do cupim, controle de pombos e outras pragas urbanas, além de atender a indústria de alimento e farmacêutica, com suporte às regulamentações sanitárias e certificações que o setor exige.

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