Aedes aegypti, que normalmente vive em regiões tropicais, está mais comum nos Estados Unidos e segue sendo combatido no Brasil

Apesar de ser oriundo de regiões tropicais, o mosquito Aedes agypti vem atormentando a população dos Estados Unidos. Algumas áreas do país são mais afetadas, mas a situação já está preocupando cientistas, pois a doença começou a aparecer na Flórida. Isso significa que a dengue está se espalhando também para o Norte dos Estados Unidos. Porém, o mais comum é que o Sul do país apresente mais casos da doença.Aedes aegypti: transmissor da Dengue

Em uma conferência da Sociedade Americana Tropical, cientistas chegaram à conclusão de que diferenças climáticas mudam o tempo de vida do Aedes aegypti. Isso pode explicar o motivo de o mosquito ter sido encontrado mesmo em cidades distantes cerca de 3.000 km uma da outra: Key West, na Flórida, e Tucson (no Arizona). Porém, apenas Key West registrou o surto da doença. Devido ao calor excessivo e à baixíssima umidade relativa do ar do Arizona, os mosquitos podem não sobreviver para completar o ciclo do vírus, que é de oito dias.

Diante da preocupação com os casos confirmados, diversas iniciativas estão sendo realizadas, como o projeto de introdução de mosquitos Aedes aegypti machos, geneticamente modificados. Assim, eles fariam com que as larvas não herdassem certos genes e morressem antes de atingirem determinada idade. Por outro lado, alguns especialistas acreditam que isso possa fazer com a espécie seja ainda mais perigosa, afinal, ela seria modificada.

No Brasil, a situação continua bem pior. Por aqui, neste ano, já são mais de 157 cidades em risco de dengue (quando foram encontrados focos da dengue em mais de 4% das residências visitadas) e 525 em alerta (quando foram encontrados focos da dengue de 1% a 3,9% das residências visitadas), segundo o secretário de vigilância em saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, em entrevista durante o lançamento da campanha nacional ‘Não dê tempo para a dengue’.

Os dados de 2013 são alarmantes: até o momento foram registrados cerca de 1,4 milhão de casos suspeitos, mais de 54% de aumento em relação a 2010*. Entre as regiões brasileiras, o Sudeste foi a que mais registrou casos da doença, seguida pelo Centro Oeste. Segundo Barbosa, o principal objetivo do governo para a próxima campanha é continuar conscientizando a população e diminuindo o índice de mortalidade por dengue (0,03 óbitos para cada 100 notificações). Neste ano, o governo deve investir R$ 363 milhões em ações voltadas à vigilância, à prevenção e ao controle da dengue.

Mas é importante lembrar que mesmo com iniciativas públicas, cada um tem responsabilidades no combate à doença. Empresas, de todos os tipos, também precisam manter os ambientes livres dos criadouros de larvas da dengue, seguindo a legislação. Para isso é necessário realizar ações específicas e em casos de instituições que lidem com alimentos ou produtos farmacêuticos, por exemplo, os cuidados são ainda mais específicos. A avaliação dos ambientes e a dedetização precisam ser realizadas por organizações especializadas e que ofereçam serviços que visem ações eficazes, ecologicamente menos agressivas e com um bom custo-benefício.

* dados do Levantamento Rápido de Índice para Aedes aegypti (LIRAa)

Fontes: BBC Brasil / UOL Notícias / AmbienteBrasil

 

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